domingo, 17 de junho de 2012

Crise criativa


Às vezes não dá. Não tem droga, cachaça, igreja, orgasmo, cinema, mesa de bar, noite de balada ou literatura que preencha o vazio gigante que me invade. Devastada, espero que seja só uma fase... uma página em branco, largada na minha frente, que por enquanto eu não faço a menor ideía do que escrever.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Tudo que eu sei sobre o amor


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sábado, 2 de junho de 2012

Day after

Ele saiu pela porta e deixou uma série de pontos de interrogação.
Ela era só silêncio e reticências.
? ...

sábado, 19 de maio de 2012

O gato no samba e ela cortando os pulsos com faquinha de rocambole

E ela foi tomada pela síndrome da mulher atrás da porta. Célebre música do Chico que fez Elis chorar por ela e por toda mulher que já sofreu por amor.

Drama, bolero e maquiagem borrada. Ridículo, clichê e real.

A moça busca desesperadamente por respostas, mesmo sabendo que não há explicação que amenize a amarga e angustiante sensação de ser deixada.

Realiza, cotidianamente, sua sessão masoquista: check-ins, tweets, curtidas e comentários. Acompanha em real time pelas redes sociais o que ele já deixou claro através do silêncio e do sumiço: ele não a quer mais.

Ela quer gritar. Falar, questionar, entender. Por que, porque, porquê? Sente vontade de ligar, ir atrás no bar, gritar em frente ao prédio, pegar o fulano pelo pescoço, encostar na parede e dizer que ele é um viado, escroto, filho da puta... e que ela sem orgulho nem vergonha o ama enlouquecidamente.

Mas, ela segue a civilidade convencional e sofre só... tendo certeza que não será a última vez que vai morrer de amor e acordar, mais viva do que nunca, no dia seguinte.

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terça-feira, 26 de julho de 2011

Eu não sei dançar tão devagar pra te acompanhar

Ela tentou.

De boas intenções o inferno tá cheio. A frase é péssima, afinal é tão difícil ter boa intenção ... ser responsável pelo resultado disso é um desafio enorme, que ultrapassa o limite do ser.

Talvez uma vida sem surpresas seja tudo que ele mais quer na vida, mas é tudo o que ela mais repudia.

Uma vida sem surpresas.

É tudo que, com a melhor das intenções, ele pode oferecer.

A decisão é aceitar ou não.

Sem cobranças, sem falsas esperanças.

Optar pela estabilidade ou aventura, sem acordo.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

No alarms and no surprises

Exatamente assim. Na mediocridade do cotidiano.

Choro internamente em mais um repeat da música, velha conhecida. Não tem twitter, MSN ou ligação que ajude. Não preciso falar com ninguém. Preciso sair de dentro da minha vida, da limitação diária dos pensamentos condicionados.

Me conta o que está acontecendo? Conversar o que? Como explicar o simples fato se sentir presa dentro de mim? Não posso esperar compreensão diante da subjetiva reclamação de não conseguir dizer o que me mata por dentro, um excesso de vida desperdiçada.

Pode parecer crise existencial de adolescência tardia, TPM ou frescura no rabo, mas é dor mesmo. A dor da percepção da vida terrena, da superficialidade dos dias que passam.

Sinto como se tivesse um mundo aqui dentro, querendo sair e me matando... sufocada. Criatividade prensada por uma realidade mediana, sem alarmes e sem surpresas.

Me disseram uma vez que Isadora Duncan, ao ser questionada sobre o porque dançava, respondeu que era porque não conseguia falar tudo o que existia dentro dela. Sem talento, eu padeço com uma alma de artista, frustrada, ainda em busca de um modo de externar tudo ISSO que existe em mim.

terça-feira, 8 de junho de 2010

A merda do dias dos namorados

Se você pensa que eu quero um namorado, está muito enganado.

Definitivamente, não é isso que eu quero.

Namoro é uma palavra careta, qualquer nome que pode ser dado a uma relação qualquer. O termo em si não define nada, pode ser muito ou muito pouco. Nomenclatura convencional e totalmente desnecessária.

O que eu quero é diferente....

O que eu quero é poder te dizer o quanto gosto de você sem medo de não ouvir nada de volta.

Eu quero poder brigar quando eu estiver com raiva sem medo que você desapareça.

Quero não me assustar e ter que me precaver cada vez que sentir sua falta.

O que eu quero é dormir no seu colo e me sentir segura.

Eu quero poder te mostrar meu lado ruim.

Quero que saiba que sou mandona, autoritária e extremamente romântica.

O que eu quero é esquecer qualquer feminismo e sentir a deliciosa sensação de pertencer.

Eu quero te ligar sem culpa.

Quero poder contar contigo.

O que eu quero é cerveja na Augusta, rir um do outro, foto no Orkut.

Eu quero ridiculamente, ainda que por segundos, pensar que a gente podia durar pra sempre.

Quero mesmo é alguém que goste de mim de verdade.

Ou seja, eu não quero um namorado... quero bem mais que isso.

Bom, agora você sabe o que eu quero. E você, o que quer?